terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ensino a distância - Especial Nova Escola


Vale a pena ler... A Revista Nova Escola deste mês traz uma reportagem muito esclarecedora sobre o ensino à distância. Com muitos pontos positivos a matéria ressalta, entre outras, o grau de comprometimento que o aluno do EAD precisa ter e revela que o resultado do ENADE foi surpreendente: "Com os resultados do Enade de 2006, a ideia de que os alunos não aprendem caiu por terra. A Pedagogia foi um dos que apresentaram melhor desempenho na modalidade a distância do que na presencial. "




quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Olhos de Capitu...



"Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me (Dom Casmurro. p 843)."
Capitu tinha os olhos de ressaca... Olhos de cigana, dissimulada. Olhos que penetram na alma e que vão fundo no corção de Bentinho. Casmurro em suas concepções e pensamentos visualizou em sua amada um olhar no qual não poderia decifrar e por medo, insegurança ou atração.

Nesta série de trabalhos foi buscada a inspiração em Machado de Assis em uma de suas famosas máximas quando fala sobre os olhos de Capitu que segundo Machado eram de uma cigana e dissimulada. Claro que não serão reproduzidos estes olhos apenas, mas serão destacados os olhos e diversos olhares que as imagens podem trazer e transmitir. Afinal, os olhos são as janelas da alma.

Durante alguns períodos da história da arte pode-se perceber que os olhos são marcados tem uma representação destacada. Os egípicios, por exemplo, retratavam suas figuras com os olhos voltados para frente mesmo que as imagens estivessem de perfil. Na arte Paleocristã o olhar das pinturas se mostravam severos e no Renascimento pareciam realmente reais. Na fotografia muitos autores dão estaque para os olhos e olhares e por tudo isso este tema foi escolhido.

O teu cabelo não nega

O que é belo??????????????

Esta é a questão motivadora do ensaio fotográfico “O teu cabelo não nega”. Assim como a arte – que não há um consenso sobre o conceito de belo – a mulher não está em paz com o conceito de ser bonita, descartando a diversidade de belezas que podem existir. Desta forma passam por verdadeiras transformações diariamente. Ser magra, ter um cabelo liso e estar sempre bem arrumada são fatos imprescindíveis para a rotina, se não for assim, não há um enquadramento. As diferenças ainda não são bem aceitas e, caso alguém não esteja dentro do padrão, está excluído.

O tratamento das fotos foi feito com o programa PSP 9 (Paint Shop Pró), com efeitos imitando a imagem de uma Polaroid adicionado uma moldura como se fosse um filme.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Histórico dos logotipos da Bienal
Quando um professor pede uma pesquisa, o mínimo que se espera é que ele já tenha feito a sua, obtendo conhecimento de fontes de consulta para indicar aos alunos.
Esta foi uma pesquisa que eu elaborei para indicar aos alunos onde encontrar as marcas que identificaram as sete edições da Bienal do Mercosul. Tão interessante quanto as obras da exposição é o argumento que envolve sua apresentação da Bienal.


1ª Bienal do MercosulO logotipo da 1ª Bienal é parte de uma pintura do artista argentino Xul Solar (1927) homenageado naquela edição. A obra traz detalhes de varias bandeiras de países latino-americanos como Paraguai, Argentina, Chile, Uruguai, Brasil e Bolívia.
http://www.mml.cam.ac.uk/gradstudies/eurolit/images/XulSolar.jpg

2ª Bienal do Mercosul
A marca da 2ª Bienal é uma estilização feita a partir da coleção “carretéis” de Iberê Camargo. Usando as cores da bandeira do Rio Grande do Sul, o símbolo lembra uma forma abstrata e ao mesmo tempo uma figura em estado de admiração e surpresa.
http://www.iberecamargo.org.br/content/acervo/carreteis.asp




3ª Bienal do Mercosul
O logotipo usado para a 3ª Bienal foi o mesmo usado na 2ª Bienal, com base na obra de Iberê Camargo, mas o que realmente marcou como símbolo desta bienal foi a escultura que servia de sinalização pública colocada nas ruas de Porto Alegre.
http://www.bienalmercosul.art.br/novo/index.php?option=com_foto&Itemid=153&srcImage=galeria/3_bienal_do_mercosul/galeria_3Bienal/1191854728.jpg&tipo=MinSize&width=307&height=217


4ª Bienal do Mercosul
Na 4ª Bienal, além do instigante logotipo, foi acrescentada uma frase como titulo “A arte não responde, pergunta”. Os dois pontos de interrogação espelhados se referem ao uso do sinal gráfico invertido na língua espanhola e mostra também a união dos povos que integram o Mercosul. Esse logotipo passou a ser usado como marca oficial da Fundação Bienal do Mercosul, pelo seu caráter sintético além de ter um forte apelo popular, possuindo múltiplos significados e uma eficiente comunicação.

5ª Bienal do MercosulO logotipo da 5ª Bienal foi escolhida por concurso público, nela aparecem o numeral 5, a letra B (bienal) e a M (mercosul), todas interligadas formando uma espaço único, delimitando um território numa alusão simbólica aos limites culturais e geográficos do Mercosul, reforçado pelo titulo “Historias da Arte e do Espaço”.

6ª Bienal do Mercosul
O objetivo nesta edição da bienal era não apresentar um logotipo específico, estão foi criada uma imagem servindo de pano de fundo e fio condutor, com o nome do evento e o símbolo da Fundação. O título “A Terceira Margem do Rio” (baseada na obra de Guimarães Rosa) confere um tom metafórico, sugerindo a arte como lugar de novas leituras da realidade, superando fronteiras e buscando novos significados.

7ª Bienal do Mercosul
O título da 7ª Bienal – Grito e Escuta – transmite o sentimento de ação e reflexão, ou será o grito uma reflexão e a escuta uma ação? Independente da resposta a obra não se esgota em si mesma, ela é geradora de perguntas e de reflexões. O próprio logotipo não é estático, possui inúmeras possibilidades, e formas transmitindo a ideia de constante mudança.

http://www.bienalmercosul.art.br/novo/index.php?option=com_historico_marca&Itemid=30&id_bienal=-2&

domingo, 15 de novembro de 2009

Carnaval





O que é, onde acontece e quem participa todo mundo já sabe...


Uma festa de origem pagã que acontece mais ou menos uns quarenta dias antes da Páscoa e que envolve milhares de pessoas em sua construção também não é novidade. Mas o trabalho que é feito antes dos holofortes serem ligados e as cuícas soarem e que não é visto que precisa ser divulgado e estudado.


São meses e meses de trabalho intenso. Escolha de temática, desenho de figurinos, projeção de carros alegóricos, escolha de samba-enredo, seleção de materias - e muitas vezes escolha e recriação de artigos e materias de maneira a adaptá-los ao tipo de temática - confecção de esculturas e pinturas... E tantas outras coisas. Um trabalho árduo e que nem ao menos é consderado arte pela maioria dos críticos.


Lendo o site: http://aguarras.com.br/, encontrei o seguinte artigo sobre carnaval ser ou não arte.


No início do século XX acontece o surgimento das “marchinhas”, que são músicas de espírito brincalhão, repetidas pelo povo na alegria e brincadeira de rua. Com o surgimento da escola de samba Deixa Falar, que posteriormente se tornou a Estácio de Sá, o carnaval passa a assumir o formato tem hoje, de desfile de escolas de samba, mega-evento carioca, famoso em todo o mundo e que já tem em Sâo Paulo uma “derivação” de formato. Pois, no norte e nordeste do Brasil permanecem algumas das tradições portuguesas que, com influências indígenas, africanas (na Bahia, por exemplo) e de outras culturas, foi tomando outros formatos, já consagrados pelo gosto popular brasileiro.
No aspecto cultural o tema carnaval é, sem dúvida, um oportunidade ímpar de desenvolvimento de trabalho e/ou estudo arte-educacional. Basta ver o número de teses que existem sobre cultura e arte popular, escolas de samba e carnaval nas universidades brasileiras. O trabalho educacional de alguns projetos desenvolvidos em torno das comunidades das escolas de samba também é exemplo de utilização positiva do tema em arte-educação.
O carnaval ainda escancara a capacidade e produção artística popular do povo brasileiro e explicita a existência da educação não-formal no espaço carnavalesco, bem como auxilia a construção de identidade artístico-cultural do povo brasileiro. Isso tudo sem nem mencionar o grande teatro que é, em essência, o carnaval! Um dos mais respeitados artistas da Pop Art, o inglês
Richard Hamilton, destacou as qualidades que considera ideais para que uma obra de arte possa pertencer à atualidade: transitoriedade, popularidade, sensualidade, humor, glamour, esperteza, jovialidade, produto de massa, e alta rentabilidade financeira (RICHARDS, Hamilton – Pop Art in Concepts of Modern Art. Londres). Será que ainda resta alguma dúvida sobre a questão do Carnaval ser ou não arte?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nascimento...


Este é um post de teste. Espero que o nosso cantinho tenha ficado bonito e que todos gostem.